Uma mudança, alerta o secretário-geral da FENALAC (Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite), Fernando Cardoso, que representa uma “diminuição de 80% do nível de ajuda” e que, “em muitos casos, faz a diferença entre um resultado positivo ou negativo da exploração”, avança a Vida Económica.
O responsável revela as primeiras conclusões de um estudo encomendado pela Federação à Universidade Católica, ainda em fase de conclusão, e que mostram que, caso a proposta da Comissão Europeia avance nos termos que se conhecem, “o rendimento das explorações [leiteiras] pode sofrer variações entre 17% e 45%, dependendo da região e da classe de dimensão da exploração”.

Questionado sobre em que regiões do país poderão dar-se os maiores prejuízos e o setor ser mais atingido, Fernando Cardoso explica: “claramente nas regiões do Norte e Centro Litoral, onde se concentram cerca de dois terços da produção do continente, é a tipologia de explorações que mais sofre com as propostas da Comissão Europeia”. Isto, porque falamos de “explorações intensivas”, e onde “existe uma grande dificuldade no acesso à terra”.