A associação ambientalista Zero defendeu que a utilização das verbas da Política Agrícola Comum (PAC) resultou num “enorme fracasso em matéria de desenvolvimento rural e ao nível do autoaprovisionamento em alguns produtos agroalimentares”, noticia a agência Lusa, com base no comunicado da Zero.
Para a associação ambientalista, nas últimas décadas, a PAC tem “sido incapaz” de resolver a crise demográfica do interior e respetiva economia, tendo o número de pessoas empregadas no setor agroflorestal caído desde 2008.
O combate à desertificação sustentada, a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas e a mitigação e adaptação às alterações climáticas, bem como a preservação dos recursos são outras questões às quais a política agrícola não foi capaz de dar resposta, segundo a Zero.
Adicionalmente, a associação notou que a PAC não apoiou uma política florestal “que gere rendimento adequado aos proprietários rurais e previna os fogos”.
A ZERO considera que, para uma transição ecológica do sistema agroalimentar com base agroecológica, são necessárias “estruturas de governança, investigação, conhecimento e tecnologia assentes em núcleos locais ligados em rede”, cadeias agroalimentares curtas e economia circulares, ordenamento do espaço rural e uma “gestão efetiva à escala da paisagem”, sistemas agrícolas, florestais, silvopastoris e agroflorestais diversificados e uma monitorização das metas ambientais.