A recolha de embalagens usadas de fitofarmacêuticos utilizados na agricultura tem vindo a aumentar, mas mais de metade ainda vai para o lixo ‘normal’ ou fica abandonada nas terras, com apenas 40% a ser encaminhada para retoma, de acordo com dados da Valorfito.
“Em 2014, atingimos quase 40% de taxa de retoma [relativamente às embalagens colocadas no mercado] e crescemos mais de 14%” na comparação com o ano anterior, atingindo 297 toneladas de embalagens destes produtos recolhidas e transportadas para o local adequado ao seu tratamento, explicou à agência Lusa António Lopes Dias, diretor-geral da Valorfito, a entidade que gere este tipo de lixo.
As embalagens de fungicidas, inseticidas e herbicidas são consideradas um resíduo perigoso e vão para o CIRVER (Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos) da Chamusca.
“Parte-se do princípio que estão contaminadas, embora residualmente, mas por uma questão de precaução devem ser tratadas de uma forma diferente de um resíduo normal, urbano, não perigoso”, referiu António Lopes Dias.
Se forem colocadas no lixo indiferenciado, estas embalagens vão parar a aterros que não estão preparados para resíduos perigosos e poderão dar origem a contaminação dos solos e da água.