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Agricultura

Parlamento Europeu defende criação de Estratégia europeia para as Proteínas

Parlamento Europeu defende criação de Estratégia europeia para as Proteínas

O Parlamento Europeu aprovou uma resolução que defende que a Comissão Europeia (responsável pela elaboração das propostas legislativas) deve criar uma Estratégia Europeia para as Proteínas. O objetivo é aumentar a produção europeia e reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros.

Os eurodeputados notam que a União Europeia (UE) produz 77% das proteínas dos alimentos para animais que utiliza. No entanto, frisam que apenas 29% das matérias-primas com elevado teor proteico necessárias para equilibrar os alimentos para animais provêm da EU.

 

O documento destaca que o cultivo de proteaginosas e prados pode ter benefícios significativos para a qualidade do solo, o clima e a biodiversidade e que é suscetível, em determinadas condições, de reduzir as matérias-primas, como os fertilizantes e os produtos fitofarmacêuticos. Nesse sentido, apelam para que os estados-membros introduzam regimes ecológicos para leguminosas e prados e criem fundos específicos para as proteaginosas.

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Já direcionado para a Comissão Europeia, os eurodeputados consideram que esta deve ponderar a possibilidade de permitir as culturas alimentares ricas em proteínas em terras retiradas da produção, respeitando simultaneamente normas ambientais rigorosas.

 

O documento defende ainda que a Comissão Europeia:

  • Deve ajudar os agricultores a converter as suas culturas em produtos economicamente interessantes para a alimentação humana e animal, aumentando a resiliência das culturas, o rendimento proteico e a qualidade das proteínas;
  • Deve fechar o ciclo de nutrientes, permitindo a utilização de produtos orgânicos alternativos como o azoto recuperado dos resíduos alimentares e de biorresíduos, outros produtos do estrume (RENURE) e resíduos da indústria alimentar;
  • Implementar um quadro sobre energias renováveis que proporcione uma regulamentação para a utilização de fluxos secundários provenientes da extração de proteína de origem vegetal, de resíduos agrícolas e de fluxos de resíduos da produção alimentar para a produção de bioenergia.

Os eurodeputados apelam ainda à criação de um rótulo voluntário e baseado em dados científicos que permita comparar a pegada ambiental dos géneros alimentícios e dos alimentos para animais.