Quantcast
Vinha e Vinho

Sogrape desenvolve plataforma de previsões climáticas para o setor do vinho

Sogrape desenvolve plataforma de previsões climáticas para o setor do vinho

O projeto europeu MED-GOLD, do qual a Sogrape fez parte, desenvolveu uma plataforma que permite aceder ao histórico e previsões climáticas, para uma melhor gestão das principais culturas do Mediterrâneo, como vinha, olival e trigo duro.

Em comunicado, a Sogrape revela ter sido a única entidade do setor vitivinícola europeu e também a única empresa portuguesa a participar no projeto.  “A participação no MED-GOLD foi uma excelente oportunidade para confirmar o grande impacto que o clima tem no setor vitivinícola e especificamente no sabor e valor do vinho”, refere o diretor de Investigação & Desenvolvimento da empresa, António Graça.

 

“Este tipo de ferramentas é fundamental para que os gestores agrícolas possam continuar a tomar as decisões certas para que a videira cresça e produza a melhor qualidade possível numa situação de crescente alteração climática”, acrescenta ainda.

Ao longo dos últimos quatro anos o projeto MED-GOLD recolheu, avaliou e caracterizou uma série de dados históricos sobre o clima e as colheitas que, através de modelos matemáticos, que estão agora disponíveis, tornam possível analisar o clima passado e elaborar previsões climáticas. A ferramenta, que já está disponível para testes, permite visualizar a variação das temperaturas e precipitação desde 1951 e até 2100.

banner APP
 

A Sogrape recolheu dados climáticos históricos através da sua rede de estações meteorológicas e junto de parceiros institucionais como o Ministério da Agricultura, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e forneceu dados de cultura como registos de datas de vindima, estados fenológicos e de pressão de doenças da videira.

“Os serviços que desenvolvemos sob a forma de protótipo fornecem previsões sazonais que permitem olhar para o futuro com até sete meses de antecedência. Isso ajuda os produtores a entender se o risco de pragas e doenças será elevado, ou se haverá necessidade de irrigação, por exemplo”, conclui António Graça.