A velocidade a que tudo sucede é vertiginosa e ficamos completamente ‘out’ se estivermos dois dias sem ler notícias ou sem consultar as redes sociais. Tudo é imediato mas também mais ligeiro. Dizem que é assim na era digital, fala-se de muita coisa sem se aprofundar nenhuma.
Sucedem-se lançamentos de títulos de comunicação social, muitos sob pressão de modas várias, que acabam por ter uma vida efémera. E em alturas de crise como a que nos assola, todos os dias fecham jornais e revistas.
É por isso um orgulho, mas sobretudo um privilégio, trabalhar numa revista que completa este mês de maio 60 anos de vida. Uma revista que carrega nas suas páginas uma parte importante da história da agricultura portuguesa, um facto que lhe dá a merecida notoriedade e solidez mas, sobretudo, uma acrescida responsabilidade.
Crescemos com os agricultores portugueses. E, tal como eles, evoluímos. Aos 60 anos de vida continuamos com a mesma vontade de fazer mais e melhor informação. De partilhar as histórias que nos contam. Daqueles que inovam, que investem, que investigam, que produzem.
Em 60 anos mudámos muito, porque a ‘vida rural’ também. Já não ensinamos lavores às senhoras do campo, nem damos conta de “30 molhadas de nabiças vendidas por 4 tostões”. Falamos de política agrícola, de novas culturas, novos métodos e técnicas. Damos a conhecer os melhores produtores nacionais. Falamos com quem faz a diferença no setor. Damos notícias online e colocamos posts no Facebook. Assumimos a nossa dependência por cirurgia estética com periódicas remodelações gráficas porque gostamos de ouvir: “60 anos? Não parece nada…” E porque os nossos leitores merecem uma revista bonita. Acima de tudo, saímos para a rua com orgulho em trazer como assinatura ‘Revista Profissional de Agronegócios’, porque é o que somos, seis décadas depois.
Comemoramos gratos aos nossos leitores, colaboradores, amigos e parceiros comerciais que ao longo dos anos estiveram ao nosso lado e certamente nos continuarão a acompanhar. Comemoramos com a certeza que uma revista com 60 anos têm de ter muito mais do que rigor jornalístico, interesse ou saúde financeira. Tem de ter coração!