A Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense (ADVID) publicou na passada semana as Previsões do Potencial de Colheita para 2015. O boletim faz o balanço intercalar do ano vitícola 2014-2015 até ao período de floração/pintor.
A associação refere que “apesar do ano vitícola se ter iniciado com precipitação muito superior à normal climatológica (cerca do dobro), a evolução climática ocorrida nos restantes meses de Inverno de 2014/2015 fez com que fosse considerado um Inverno frio e seco. Os valores médios de temperatura do ar foram inferiores aos valores normais nas três sub-regiões, assim como os valores de precipitação inferiores (cerca de 60 a 70%).”
A primavera, por outro lado, “foi muito quente e muito seca, tendo sido registadas nesse período cinco “ondas de calor”, uma entre o final de março e o início de abril, duas em maio e duas em junho, com temperaturas médias superiores à normal.”

De acordo com a associação, as observações efetuadas na rede de parcelas de referência localizadas nos associados indicam que o abrolhamento ocorreu durante a segunda semana do mês de março.
As condições climáticas registadas na primavera terão impulsionado um avanço do ciclo, cerca de uma semana por altura da floração. “Ao contrário de 2014, a floração decorreu nas três sub-regiões num período mais curto, tendo-se concentrado durante a segunda quinzena do mês de maio (em especial entre os dias 11 e 22 desse mês) tendo o Pintor sido registado durante a primeira semana de julho, cerca de uma semana mais cedo que em 2014. Na segunda quinzena de junho na sequência das ondas de calor que se registaram, aconteceram dois episódios de escaldão que poderão ter tido algum impacto no potencial de produção, por ter afetado em particular a casta Tinta Barroca”, diz a ADVID.