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Regadio

Águas residuais tratadas são opção para a agricultura

rega em estufa

O uso de águas residuais tratadas na agricultura é uma opção que reduz a pressão sobre os recursos hídricos superficiais e os aquíferos e que está a ser estudada em vários países

O uso de águas residuais tratadas na agricultura é uma opção que reduz a pressão sobre os recursos hídricos superficiais e os aquíferos e que está a ser estudada em vários países onde a disponibilidade de água para rega é um fator limitante.

A Federação Nacional de Regantes (FENAREG) é um dos 20 parceiros de um consórcio de investigação aplicada – SuWaNu Europe – que visa impulsionar a inovação e a transferência de conhecimento na Europa sobre reutilização segura e económica de águas residuais tratadas em agricultura. O projeto SuWaNu Europe destina-se a colmatar as atuais lacunas de inovação e a alcançar uma implementação eficaz das soluções de reutilização de águas residuais tratadas na agricultura. Dá seguimento aos resultados de um projeto anterior da União Europeia, denominado SuWaNu, que decorreu em 5 países-alvo: Malta, Espanha, Alemanha, Grécia e Bulgária.

 

Uma das tecnologias desenvolvidas – Treat and Use – permite o tratamento de águas residuais urbanas tornando-as aptas para rega de pomares e culturas hortícolas, com recuperação de nutrientes a aplicar nos campos agrícolas.

A primeira reunião deste projeto europeu decorreu nos dias 17 e 18 de janeiro, em Málaga, Espanha e envolveu os parceiros do consórcio como universidades, confederações de agricultores, federações de regantes – FENAREG e FENACORE –, associações de reutilização e empresas privadas de Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Alemanha, Bélgica, Bulgária, Chipre e Israel.

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O objetivo do projeto é definir estratégias a nível regional para impulsionar a inovação nos setores agrícola e hídrico. O projeto SuWaNu Europe com um orçamento de 2M€, financiado pelo programa H2020, teve início a 1 de janeiro de 2019 e será desenvolvido ao longo de dois anos e meio.

“Considerando que cerca de 70% da água doce utilizada no Planeta é necessária para produzir alimentos, torna-se estratégico encontrar fontes alterativas que assegurem a sustentabilidade da agricultura de regadio”, explica a Fenareg em comunicado de imprensa.