Foram recentemente criadas em Portugal duas novas organizações de produtores (OP) – Alentejanices com Tomate e Azeitonices. De acordo com o Agrupamento de Produtores de Cereais do Sul (Cersul), que está na génese destas duas organizações, o objetivo é dinamizar a agricultura do Centro e Norte do Alentejo através da aposta no olival, amendoal e culturas alternativas.
No âmbito de um encontro que serviu também para a apresentar estas duas novas entidades, Luís Bulhão Martins, presidente da Direção da Cersul, sublinhou que “a Agricultura é a atividade que pode dar novo alento à economia do Centro e Norte do Alentejo, através do fomento da produção organizada e atuante, com a introdução de culturas agrícolas mais rentáveis e canais de escoamento adequados”.
A Alentejanices com Tomate, reconhecida como organização de produtores de frutas e hortícolas em 2016, conta atualmente com 33 produtores associados com um volume de negócios de 10 milhões de euros e será em breve reconhecida como OP de produção de amêndoa.
Já a Azeitonices, criada este mês por 34 sócios fundadores, está reconhecida como organização de produtores de olival e azeite. José Maria Falcão, agricultor da região e um dos mentores do projeto refere que um dos objetivos desta entidade é agrupar 10 mil toneladas de azeitona já este abo e contratar postos de receção da azeitona em lagares chave da região para os sócios. Em 2020 estima-se que a Azeitonices agrupe 20000 toneladas de azeitona (4% da produção nacional).
“Estamos numa região pouco organizada e o mercado do azeite apresenta grande variação interanual. Precisamos, por isso, de nos preparar para o futuro, agrupando a produção. Esta é a nossa solução para a sustentabilidade da fileira do olival e azeite”, defende José Maria Falcão.