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Associações de regantes querem gerir água de Alqueva

Associações de regantes querem gerir água de Alqueva

As associações de regantes do Ardila e Enxoé, Odivelas e Roxo denunciaram o que consideram ser uma afronta da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas de Alqueva (EDIA). À voz crítica dos regantes alentejanos junta-se a do presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) e também a do representante da Federação Nacional de Regantes de Portugal (FENAREG).

Segundo um comunicado da FAABA, a causa para este descontentamento é a “proposta de protocolo apresentada recentemente pela EDIA à Associação de Beneficiários do Ardila e Enxoé, em que as premissas acerca da gestão da água, bem como a sua faturação e cobrança aparecem como competências da EDIA. Aos regantes é destinado o papel administrativo”.

António Parreira, presidente da Associação de Regantes do Roxo destacou que “não há qualquer dúvida que a EDIA deve regular tudo o que seja rede primária. Mas tudo o que é rede secundária junto do agricultor terá de passar para as organizações de produtores. Se isto não for feito, se os perímetros de rega não forem transpostos para as associações de produtores, estamos perante um erro político muitíssimo grande”

 

Luís Mira Coroa, membro da Associação de Beneficiários do Ardila e Enxoé sublinha que “o protocolo proposto significava que nós ficaríamos como informadores do que se passaria no campo no que diz respeito à utilização da água. Esse não é o objetivo da associação de regantes e os estatutos em vigor, não preveem este tipo de participação por parte das associações de regantes. Ao assinarmos este protocolo estaríamos a incorrer em ilegalidade”, e ainda acrescenta que a “EDIA deve preocupar-se com a tarefa de concluir a obra de Alqueva deixando para os agricultores e associações de regantes a gestão da água e dos seus perímetros de rega”.

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O presidente da FENAREG – Federação Nacional de Regantes de Portugal – juntou-se aos seus associados do Alentejo, defendendo que “a gestão da rede secundária deverá ser entregue aos agricultores através das associações de regantes”.

 

O presidente da Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo (FAABA) defende que “os agricultores devem estar envolvidos, de pleno direito, na gestão da água”.