“Não dá para adiantar nada. Estamos otimistas, mas trabalhamos com ciência, e somente após os exames a resposta será divulgada. O que posso garantir é que isto representa um passo colossal”, diz Luiz Sérgio Camargo, um dos investigadores responsáveis.
Os estudos da transgenia dão um passo além da clonagem – tecnologia já utilizada no Brasil, e podem ser divididos em duas vertentes, explica Camargo. “A maior parte das experiências objetiva a produção de proteínas recombinantes (célula com nova combinação genética, não herdada dos pais) que possam ser usadas no tratamento de doenças como diabetes e hemofilia. Um exemplo de proteína recombinante é a insulina. Por meio da introdução de genes específicos, é possível criar uma vaca capaz de produzir insulina no leite. Depois de extraída, a proteína poderá ser usada no controlo da diabetes”, explica o investigador.
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A transgenia tem sido muito utilizada no Brasil nos últimos anos, principalmente nas produções de milho, soja e algodão. O país já desenvolveu também o feijão transgénico, modificando geneticamente plantas da família da leguminosa. Em mamíferos, a Universidade Estadual do Ceará produziu dois cabritos. “A transgenia cria um organismo genético em laboratório que pode possuir genes de outras espécies no seu genoma”, diz por fim o investigador.