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Leite

Comissão Europeia prepara pacote de 500 milhões para apoiar produtores agrícolas

Comissão Europeia prepara pacote de 500 milhões para apoiar produtores agrícolas

A Comissão Europeia vai avançar com um pacote de ajudas de 500 milhões de euros para apoiar os produtores agrícolas europeus, sobretudo os do setor do leite, que para além do embargo russo enfrentam um crise depois do fim das quotas leiteiras.

“Esta é uma resposta robusta e demonstra que a Comissão assume de forma muito sérias as suas responsabilidades face aos agricultores”, referiu Jyrki Katainen, vice-presidente do executivo comunitário.

A notícia foi avançada como resultado de uma reunião extraordinária que reuniu os ministros da Agricultura da União Europeia em Bruxelas e que decorreu ao mesmo tempo que uma manifestação de milhares de agricultores provenientes de várias partes da Europa.

O valor agora desbloqueado pretende trazer liquidez aos agricultores prejudicados pelo embargo russo, estabilizar os mercados e melhorar o financiamento da cadeia de fornecimento.

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Fernando Cardoso, secretário-geral da Fenalac – Federação Nacional das Cooperativas de Produtores de Leite, esteve presente na manifestação que decorreu em Bruxelas e, de acordo com a Lusa, defendeu q     ue “o mercado nem sempre é eficiente, e neste momento não é eficiente.”

Os produtores de leite portugueses têm sido dos mais afetados pelo fim das quotas leiteiras, subsidiadas pela PAC, com o preço do litro de leite pago ao produtor a cair para valores semelhantes aos de 2009. A juntar-se a isto, está o embargo russo aos produtos agroalimentares provenientes da União Europeia, que tem provocado uma quebra nos rendimentos dos agricultores europeus.

Recentemente, Assunção Cristas, ministra da Agricultura de Portugal, revelou que o Executivo vai colocar em marcha um plano nacional de apoio ao sector do leite e defendeu que é preciso regular o mercado.

“A média do preço do leite em Portugal atingiu novos mínimos em junho, poucos meses depois do fim das quotas leiteiras da UE, para os 28,8 cêntimos por quilo de produto, e a nossa preocupação é que o preço possa subir a ponto de ser efetivamente um mecanismo regulador, que neste momento entendemos que não está a ser.”