Um ano depois da publicação do diploma que determinou a sua constituição, o Conselho Florestal Nacional reuniu pela primeira vez nas instalações do Ministério da Agricultura. Amândio Torres, Secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, esteve presente, junto das 44 entidades que compõem o organismo, e sublinhou a importância da fileira para o desenvolvimento económico do país.
O Secretário de Estado destacou “a importância do setor florestal no desenvolvimento económico do país”, nomeadamente “na criação de emprego e no incremento das exportações”, e defendeu que é preciso “proceder a uma reforma estrutural do setor florestal e criar condições para fomentar uma gestão florestal profissional e sustentável, potenciando o aumento da produtividade e da rentabilidade dos seus ativos, com base num melhor ordenamento dos espaços florestais.”
No âmbito da reunião, o Secretário de Estado apresentou as principais linhas orientadoras do Programa do XXI Governo para o setor, que incluem “apoiar o movimento associativo florestal e redinamizar as Zonas de Intervenção Florestal (ZIF)”; “desenvolver outros modelos de exploração florestal, como as Sociedades de Gestão Florestal (SGF) e os Fundos de Investimento Imobiliários Florestais (FIIF)”; “melhorar a gestão florestal dos baldios com a adoção de modelos flexíveis, visando o incremento da participação dos compartes no respeito dos valores sociais, económicos e ambientais das Unidades de Baldio”; “fazer das Matas Nacionais áreas de referência em matéria de gestão florestal”; e “aumentar a produção e a produtividade das fileiras florestais através do aumento das áreas de pinheiro bravo e do montado de sobro e de azinho, limitando a expansão da área do eucalipto, designadamente através da alteração do Regime Jurídico das Ações de Arborização e Rearborização”.
Para além disso, Amândio Torres alertou para a necessidade de “rever e melhorar o programa de Sapadores Florestais”, “desenvolver as fileiras do setor florestal e aumentar a rentabilidade dos proprietários florestais”, “estimular a certificação da gestão florestal sustentável e a criação de novas áreas de negócio no mercado florestal” e “apoiar a investigação aplicada para o aumento da produtividade e de novos modelos de silvicultura”.