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Pecuária

E. coli resistente a antibióticos detetada em gado bovino e ovino em Espanha

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Foi detetada Escherichia coli resistente a cefalosporinas – grupo de antibióticos beta-lactâmicos usados no tratamento de infeções bacterianas – de terceira e quarta geração em explorações de gado bovino e ovino no País Basco, avançou a publicação Animal’s Health. A descoberta foi feita por uma equipa de investigadores espanhóis.

 A luta contra as resistências a antimicrobianos é já uma prioridade para a Organização Mundial de Saúde (OMS), que definiu uma lista de antimicrobianos de importância crítica (aqueles que são a única ou uma das poucas terapias disponíveis para tratar infeções causadas por bactérias multirresistentes). A listagem inclui antibióticos betalactâmicos, como cefalosporinas e carbapenemos de terceira e quarta geração.

 

Para analisar a presença de E. coli produtora de AmpC e de carbapenemases em bovinos e ovinos na Comunidade Autónoma do País Basco, foi realizado um estudo transversal em 300 explorações agrícolas pelo Instituto Basco de Investigação Agrícola (Neiker).

Não foi detetada, em nenhum das explorações, E. coli produtora de carbapenemases. Contudo, foi detetada E. coli produtora de AmpC em cerca de 32,9% dos bovinos leiteiros, em 9,6% dos bovinos para carne e 7% dos ovinos.

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Além de Espanha, outros países europeus também registam uma maior prevalência de E. coli produtora de AmpC em bovinos leiteiros, situação que está talvez associada a uma maior utilização de cefalosporinas na terapia de processos que afetam mais especificamente este sistema produtivo (como mastites, por exemplo).

De acordo com o Instituto Basco de Investigação Agrícola, “a ausência de E. coli resistente ao carbapenem nos ruminantes da Comunidade Autónoma Basca é tranquilizadora”, uma vez que as estirpes de E. coli produtoras de carbapenemases se tornaram um grave problema de saúde pública.

 

Em Portugal, em 2019, a Agência Portuguesa do Ambiente, a Direção-Geral da Saúde e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária apresentaram, ao abrigo da perspetiva “One Health” (“Uma Só Saúde”), o Plano Nacional de Combate às Resistências aos Antimicrobianos 2019-2023.