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Agricultura

Estudo aponta para deficiências na agricultura portuguesa

Decisões nacionais das ajudas diretas aos agricultores conhecidas

A agricultura portuguesa continua a registar lacunas e deficiências em vários domínios. A conclusão é do estudo ‘Pro Akis’ financiado pela Comissão Europeia e que em Portugal foi coordenado por investigadores da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

Os investigadores nacionais coordenaram 12 casos estudo que observaram em detalhe fluxos de conhecimento na agricultura e o papel dos sistemas de aconselhamento em vários países europeus, sendo responsável pela sua análise e síntese comparativa.

Os resultados obtidos evidenciam a centralidade das organizações de agricultores na prestação de serviços de aconselhamento agrícola e o desinvestimento do Estado neste domínio. Segundo o estudo, existe em Portugal uma “fragmentação por múltiplas organizações”, o que resulta em lacunas na geração de conhecimento aplicado e na falta de aconselhamento técnico de qualidade.

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De acordo com Lívia Madureira, investigadora responsável por coordenar o estudo em Portugal, as universidades nacionais produzem conhecimento para publicar ou produzir patentes, no entanto, “não há um sistema intermédio que produz informação aplicada às condições laborais”.

A investigadora explica ainda que a crescente atratividade do setor agrícola para novos agricultores, a maioria sem experiência, revela que é preciso investir em domínios “fundamentais”: estruturas de produção de conhecimento técnico aplicável às condições agroclimáticas locais e aconselhamento agrícola multidimensional de qualidade, feito por técnicos do setor público, associativo ou privado.