Pedro Leandro, diretor comercial do Pingo Doce, confirmou à VIDA RURAL que devem ser beneficiados cerca de 600 micro, pequenos e médios produtores do setor primário, onde incluem, para além dos produtos frescos, os vinhos, azeites e charcutaria.
O pagamento “médio” a 10 dias vai privilegiar pequenos fornecedores “que trabalham há mais tempo connosco e cuja parte substancial do volume de negócios passe pela nossa cadeia”, sem exigir no entanto exclusivo.
Questionado sobre se esta antecipação de pagamento não terá como contrapartida a participação em ações de descontos e promoções, este responsável adiantou que “não há contrapartidas”, mas “é natural que nas relações comerciais apelemos aos nossos fornecedores para a responsabilidade de servir o consumidor e fazer prevalecer a nossa oferta face à concorrência”.
João Machado, presidente da CAP, fez o balanço de um ano de parceria que classificou como “muito positiva”, acrescentando que “foram os produtores que pressionaram a CAP para prolongar esta medida “. Este dirigente adiantou ainda que não recebeu durante os últimos 12 meses “qualquer informação sobre pedidos de contrapartidas por parte de produtores associados da CAP”. Apesar disso, salientou que é preciso deixar bem claro que o compromisso dos produtores com os consumidores “passa por colocar no mercado produtos de qualidade e com segurança alimentar e não produtos baratos, essa não é a nossa responsabilidade”.