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Portugueses investigam síndrome do colapso das abelhas

Portugueses investigam síndrome do colapso das abelhas

Investigadores portugueses estão a estudar a incidência da nosema ceranae em Portugal, uma doença parasitária que se suspeita estar na origem da síndrome do colapso das colónias de abelhas, problema que tem afetado a apicultura em vários países.

A investigação é promovida pela Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e está a ser executado pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) Instituto Politécnico de Bragança (IPB), Universidade de Évora (UÉvora) e o Laboratório Nacional de Investigação Veterinária (LNIV).

“Em Portugal, ainda não temos dados sobre esta problemática. Contudo, este projeto visa identificar esta espécie e saber qual é a sua distribuição”, refere Paulo Russo Almeida, investigador da UTAD, segundo o Diário de Notícias.

 

A doença Nosemose é causada pelo desenvolvimento de um ou de dois microsporídios — nosema apis ou nosema ceranae, duas espécies que só se conseguem distinguir através de métodos de genética molecular.

Ainda não há certezas quanto à relação da nosema ceranae com as perdas inexplicáveis das colónias. Em Portugal, está identificada a existência da espécie apis, não estando, no entanto, comprovada a existência da ceranae.

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“Daí a importância do nosso projeto”, salientou Paulo Russo Almeida.

Financiado pelo Programa Apícola Nacional, o projeto dispõe de cerca de 90 mil euros para três anos.

 

O objetivo é caracterizar o país, saber se o agente está presente, onde e com que incidência. E, caso se comprove que esta patologia está por detrás da síndrome do colapso das colónias, para que seja possível tomar medidas de combate à doença.

“Determinar a espécie em causa ajuda depois na adoção de medidas de combate”, salientou o investigador.