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Produção de ovinos e caprinos em declínio

O Parlamento Europeu aprovou por esmagadora maioria um relatório onde se apela à tomada de medidas urgentes para revitalizar a produção de ovinos e caprinos na União.

O Parlamento Europeu aprovou por esmagadora maioria um relatório onde se apela à tomada de medidas urgentes para revitalizar a produção de ovinos e caprinos na União. Os deputados propõem novos tipos de apoio aos produtores, incluindo um prémio por cabeça para manter ovinos em áreas ecologicamente sensíveis, uma ajuda da UE para a introdução do sistema de identificação electrónica e um logótipo europeu para impulsionar o consumo.

Pouco rentável para os agricultores na Europa, devido a uma diminuição generalizada do consumo, elevados custos de produção em comparação com a concorrência de grandes países exportadores como a Austrália e a Nova Zelândia e uma grande vulnerabilidade às epizootias, como a doença da língua azul, o sector dos ovinos e caprinos viu o seu declínio estrutural acelerado após a reforma da PAC de 2003. No entanto, o pastoreio do gado desempenha um papel vital ambiental: manutenção de áreas naturais menos férteis, a preservação da biodiversidade e dos ecossistemas sensíveis, a luta contra a erosão, inundações, incêndios e avalanchas. Além disso, é tradicionalmente praticada nas regiões menos favorecidas, onde actividades alternativas são raras. De acordo com um estudo realizado pela Ernst & Young em nome do Parlamento, a falta de acção irá conduzir a uma diminuição de 8 a 10% da produção de ovinos e caprinos em 2015.

Os deputados solicitam à Comissão e ao Conselho de Ministros da Agricultura para “atribuir com toda a urgência um apoio financeiro adicional para os produtores europeus” para desenvolver uma produção dinâmica, auto-suficiente, guiada pelo mercado e orientada para o consumidor” e de rever o financiamento deste sector no quadro do “exame de saúde” da PAC.

O efectivo de pequenos ruminantes inscritos em 2006, segundo o Eurostat, regista um declínio de 7,6% em comparação com o ano de 2000, no que diz respeito às ovelhas em toda a UE. Na Bélgica, esta redução é duas vezes mais elevada (15,3%), Luxemburgo (14,3%) e França, com uma taxa de 11,5%, permanece acima da média europeia. Para caprinos, a UE registou no mesmo período um decréscimo de 2,3%, a Bélgica de 4,8% e de 14,3% no Luxemburgo, enquanto que os números têm aumentado em 7% em França. Finalmente, no que diz respeito aos carneiros, o efectivo francês, o 6 ° da UE (com 6,5 milhões de ovinos em 2006), perdeu 30% desde 1980, a uma taxa de cerca de 1% ao ano, sobre uma base bastante regular.

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