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Área florestal portuguesa em risco

De acordo com a Autoridade Nacional Florestal (ANF), a área ardida em Portugal quase quadruplicou entre 1 de Janeiro e 15 de Maio, relativamente ao período homólogo do ano passado.

De acordo com a Autoridade Nacional Florestal (ANF), a área ardida em Portugal quase quadruplicou entre 1 de Janeiro e 15 de Maio, relativamente ao período homólogo do ano passado.

O relatório provisório ANF indica que o número de ocorrências quase duplicou. Durante este período registaram-se 6216 ocorrências (2029 incêndios florestais e 4187 fogachos), mais 2831 que em 2008. Arderam 16 227 hectares entre povoamentos (4230) e matos (11 997), o que representa um crescimento de 292% face ao ano passado.

Especialistas em incêndios florestais anunciaram, na semana passada, que a acumulação da vegetação nas florestas portuguesas e o crescimento significante na Primavera são favoráveis a fogos de maior intensidade.

“A acumulação de biomassa combustível nos últimos três anos, o crescimento exuberante da vegeração nesta Primavera  e se a estas condições acrescentarmos a possibilidade de ondas de calor com temperaturas altas e ventos podemos esperar situações muito complicadas para o combate aos incêndios florestais”, disse Hermínio Botelho, investigador do departamento florestal da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em declarações à agência Lusa.

Hermínio Botelho destacou melhorias na capacidade de resposta do dispositivo contra incêndios, nomeadamente ao nível da prevenção, combate, organização operacional e coordenação no terreno.

“Mas se conjugarmos as condições metereológicas desfavoráveis e a acumulação da biomassa, estou convencido que vamos ter momentos em que o dispositivo não tem capacidade de resposta”, sublinhou, apesar da melhoria.

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