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Vinho

Adegas Cooperativas da Região dos Vinhos Verdes querem esclarecimentos sobre rotulagem de Alvarinho

Não há stocks de vinho verde para responder ao crescimento das exportações

A Viniverde, união de algumas das principais adegas cooperativas da Região dos Vinhos Verdes, pediu às entidades reguladoras que clarifiquem a questão da rotulagem da denominação ‘Alvarinho’, que agora apenas pode ser usada pelos vinhos produzidos em Monção e Melgaço.

José Oliveira, da Adega de Ponte da Barca, classifica o processo da rotulagem do Alvarinho como “um ato de discriminação e um atentado à capacidade exportadora do nosso país”, lembrando também que “decisões como esta são fortes condicionantes à criação de novos postos de trabalho”.

A Viniverde está contra todo este panorama, classificando-o como um “processo negocial passivo”, no qual se verificam “ausência de resultados e decisões do Governo.” De acordo com José Oliveira, é preciso que “se remova urgentemente esta limitação ao negócio”, para que “a região possa criar mais riqueza exportadora e postos de trabalho em igualdade de todos os produtores e tendo em vista apenas e só aquele que é o interesse comum dos mesmos.”

 

Por outro lado, os produtores de algumas das maiores adegas de Monção e Melgaço exigem a manutenção da exclusividade da designação Vinho Verde Alvarinho à Sub-Região de Monção e Melgaço.

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Em Assembleia extraordinária, que decorreu no passado dia 21 de dezembro, os acionistas produtores de uva da Adega Quintas de Melgaço votaram a favor da manutenção da exclusividade da designação Vinho Verde Alvarinho à Sub-Região de Monção e Melgaço.

 

“Ao contrário do que argumentam os defensores do alargamento, a alteração das regras atuais não iria aumentar os rendimentos de nenhum agente, dentro e fora da sub-região mas sim levar a uma transferência de valor, mais concretamente uma diluição de valor por uma região inteira e, certamente, gerar uma catástrofe na economia de um pequeno território que muito se tem esforçado por criar um produto de elevado valor acrescentado”, defende a Adega Quintas de Melgaço.

Recentemente foi aprovada uma lei que limita aos vinhos produzidos em Monção e Melgaço a possibilidade de incluir ‘Alvarinho’ na denominação, lei essa que tem sido alvo de um processo negocial entre o Governo e os responsáveis da região que não querem a limitação.