O ácido maslínico, um composto extraído do azeite, pode atuar positivamente nos processos inflamatórios associados a alguns tipos de cancro. A descoberta foi de uma equipa de investigadores da Universidade de Jaén que analisou a incidência desta substância sobre um tipo de células do sistema imunitário, denominadas de macrófagos.
Já anteriormente alguns estudos tinham conseguido provar que a inflamação crónica de baixa intensidade estava na base de muitas patologias, entre as quais o cancro. Assim, os cientistas decidiram estudar o funcionamento das células denominadas de macrófagos.
Os investigadores analisaram, de forma mais concreta, a incidência do ácido maslínico sobre os macrófagos, células que se dividem em dois tipos: o primeiro capaz de eliminar patogénicos e inibir tumores, e um segundo que favorece os processos inflamatórios crónicos.
“Esta capacidade é fundamental, por exemplo, para que uma ferida sare. As células cancerígenas provocam efeitos adversos, como a geração de novos tecidos tumorais. Desta forma, nos processos inflamatórios crónicos, o interessante é potenciar o primeiro tipo de macrófragos para inibir a ação do segundo tipo. Isso é exatamente o que faz o ácido maslínico”, explicam os investigadores responsáveis pela descoberta.