Dois jovens de Viana do Castelo decidiram utilizar terrenos abandonados para produzir vinho. Com o objetivo de não sobrecarregarem os pais com o pagamento das suas propinas da faculdade, e de gerarem os seus próprios rendimentos, os jovens recuperaram uma velha adega desativada e começaram a produzir vinho.
“Tivemos a possibilidade de ficar com uma vinha que ia ficar ao abandono, pertença de um familiar. Propus a ideia ao João (um dos responsáveis pelo projeto), pelo menos, para pagar parte das propinas e não sobrecarregar os nossos pais”, revelou Luís Brito, um dos mentores do projeto, à agência Lusa.
Quando começaram em 2013 o objetivo era apenas produzir e vender uva, mas com a decisão de adquirir algum material usado veio também a ideia de produzir vinho. A primeira produção foi de 400 litros.
Ambos os empreendedores têm outras atividades profissionais, mas isso não os impediu de fazer o negócio do vinho crescer, não só em vinha recuperada, mas também no número de litros de vinho branco e rosé produzido.
As primeiras três mil garrafas da colheita de 2013 começaram a ser distribuídas no ano passado “porta a porta, a amigos e familiares” e este ano, com o dobro da produção, os dois empreendedores decidiram apresentar o “Phulia” em feiras e mostras, com preço de venda ao público, por garrafa, de três euros.
Questionados sobre os seus planos para o futuro, respondem: “Não queremos dar um passo maior que a perna. Se calhar, para o ano vamos manter as seis mil garrafas, ou avançar para um novo projeto de implantação de vinha nossa, mas só se isto correr bem”.

