O Governo anunciou que vai realocar cerca de 52 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para fortalecer a prevenção de incêndios rurais e promover a resiliência e a sustentabilidade dos territórios.
De acordo com a comunicação do Executivo, entre as medidas previstas, está o reforço da capacidade de intervenção das Organizações de Produtores Florestais titulares de equipas de Sapadores Florestais e dos municípios, com um financiamento previsto superior a 30 milhões de euros, para a aquisição de tratores com equipamento especializado para gestão de combustíveis.
Além disso, está também prevista a aquisição de novas viaturas para promover a operacionalidade no terreno do Programa de Sapadores Florestais, do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) e das Organizações de Produtores Florestais, num valor total aproximado de 10,4 milhões.
A comunicação dá ainda conta que está contemplado ainda o apoio às Comunidades Intermunicipais (CIM), num valor estimado em 6,7 milhões para a aquisição de equipamento pesado, como buldózeres, para a beneficiação e manutenção da Rede Viária Florestal e apoio direto às ações de combate a incêndios rurais.
A par disto, engloba ainda apoio técnico aos projetos das Operações de Gestão Integrada de Paisagem (OIGP) e dos Condomínios de Aldeia, através da criação de equipas técnicas multidisciplinares, “fundamentais para a implementação eficaz destas iniciativas”, subvencionadas em mais de 2,5 milhões.
A nota de imprensa refere também que outro dos objetivos passa pela renovação do equipamento motomanual das equipas de Sapadores Florestais como, por exemplo, motorroçadoras, num valor superior a 2,3 milhões. Está também abrangido o reforço da rede de pontos de água de apoio ao combate a incêndios, num valor superior a meio milhão de euros.

“A resiliência florestal e a sustentabilidade ambiental são prioridades estratégicas que vão ao encontro das necessidades das comunidades locais e do país como um todo, para construir um futuro mais seguro e sustentável para Portugal”, lê-se na nota de imprensa.
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