Um estudo da Universidade Politécnica de Madrid e da Coordinadora de Organizaciones de Agricultores y Ganaderos (COAG) analisou os índices bioclimáticos e a sua influência na qualidade e na quantidade de uva produzida. De acordo com o Agrodigital, o objetivo da investigação era analisar os fatores que são considerados chave para a produção de vinha.
Os principais resultados indicam que “para enfrentar um previsível aumento de temperatura, assim como uma quebra na precipitação, será necessário adotar medidas de adaptação das vinhas a novas condições para manter a competitividade”. Segundo o Agrodigital, o estudo revela que estas medidas serão necessárias, sobretudo, na metade sul da península.
“As projeções climáticas para dentro de 50 anos preveem um aumento das temperaturas, uma descida da precipitação e um grande aumento das ondas de calor e secas em grande parte da Península Ibérica”, indica a publicação.
De acordo com Ana Iglesias, uma das autoras do estudo, o estudo dos índices bioclimáticos descreve para as 56 denominações de origem protegidas de vinhos de Espanha “consequências potenciais muito complexas para a vinha”.
Mas nem tudo é mau. O estudo agora publicado revela também que em algumas zonas, o aumento da temperatura alargará o ciclo da planta e reduzirá o risco de geadas, “melhorando o rendimento e possivelmente a qualidade da uva em zonas com vinhos de elevado grau de acidez por falta de maturação”.
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