Assim, de acordo com o glossário do Instituto Nacional de Estatística (INE), o conceito de floresta está associado a terrenos dedicados à atividade florestal, onde se incluem os povoamentos florestais, áreas ardidas de povoamentos florestais, áreas a corte raso e outras áreas arborizadas. Enquadrando o setor primário, este conceito não enquadra a indústria florestal, embora esta última se possa associar à atividade silvícola quando abordada numa ótica de fileira, setor florestal ou silvo-industrial.
Aqui chegados e de acordo com dados publicados em dezembro último pelo Gabinete de Planeamento e Políticas do MAMAOT, tendo por base as Contas Nacionais do INE, a floresta registou em 2010 um peso no PIB de apenas 0,5%. Já as indústrias florestais registaram, nesse mesmo ano, um peso no PIB de 1,3%. No conjunto da fileira florestal, o peso no PIB foi em 2010 de apenas 1,8%. Em 2000, o peso do setor florestal foi efetivamente de 3%, valor não mais registado desde então.
Efetivamente, a atividade silvícola registou na última década (2000/2010) um declínio progressivo, isto apesar do saldo fortemente positivo evidenciado pela indústria florestal no período 2006/2011.
A floresta apresentou, entre 2000 e 2010, taxas de variação médias anuais negativas de 2,0% em volume e de 2,3% em valor, o que refletiu o efeito da diminuição dos preços no produtor.
Por sua vez, o custo dos meios de produção teve nesse período um impacto bastante negativo na atividade florestal (+7,1%), dado que a evolução dos preços da produção não acompanhou o aumento daqueles, em particular o custo da energia.
Para além dos discursos redondos, aguardam-se medidas concretas que permitam conferir credibilidade ao investimento florestal, mais ainda quando o mesmo é cofinanciado pelos contribuintes.
Por Acréscimo