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Cereais

Produção de cereais cresce 8%

Previsões apontam para aumento da produção mundial de cereais em 2013

As previsões agrícolas do Instituto Nacional de Estatística apontam para uma produção de cereais na ordem das 209 mil toneladas, o que representa um acréscimo de 8% face à campanha de 2017. Este aumento é suportado exclusivamente pela subida da produtividade média, positivamente influenciada pelas condições climatéricas, em particular pela ocorrência de precipitação em fases decisivas, nomeadamente após a adubação de cobertura e no enchimento do grão.

Em termos qualitativos, destaque positivo para a cevada, com produções de qualidade superior em termos de teor proteico, entre 9,5% e 12%, valores adequados ao processo industrial de transformação em malte, peso específico e calibre. Em contrapartida, os trigos duros ficaram muito aquém do esperado devido à ocorrência de chuvas no final do ciclo.

 

Para o arroz, a produtividade deve ficar próxima à da campanha anterior. O expectável aumento de temperatura e de horas de sol ao longo do mês de agosto, face ao ocorrido em julho, permite antever a manutenção da produtividade alcançada na campanha anterior (6,2 toneladas por hectare). Recorde-se que as sementeiras de arroz foram tardias, tendo-se prolongado até ao final de junho, mas o desenvolvimento vegetativo é bom, com as searas a apresentarem povoamentos muito homogéneos e boa coloração.

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Relativamente aos restolhos, palhas e fenos para alimentação animal, após um ciclo vegetativo caracterizado por uma produção abundante de matéria verde e seca, em geral de elevada qualidade alimentar, as disponibilidades de alimento nos prados e pastagens de sequeiro estão a esgotar-se. Na maioria das explorações agropecuárias em regime de produção extensiva iniciou-se a utilização dos agostadouros e a suplementação com palhas e fenos, que suprem por completo as necessidades alimentares dos efetivos. A utilização de rações industriais registou níveis muito inferiores aos valores habituais para a época.

 

De referir que as Previsões Agrícolas do INE reportam-se aos últimos dias do mês de julho de 2018 e não consideram potenciais impactos decorrentes da vaga de calor que atingiu o território continental no início de agosto, nem eventuais consequências do incêndio de Monchique.