39% do território do país é ocupado por florestas, tendo-se registado um aumento da área ocupada por eucalipto entre os anos de 2010 e 2015, graças à diminuição da área plantada com pinheiro-bravo. Os dados são da Direção-Geral do Território, que justifica a expansão do eucalipto com a transformação de 23 mil hectares de pinheiro bravo, sete hectares de matos e três hectares de agricultura.
“Ao crescimento de cerca de 33 mil hectares, a área ocupada por eucalipto perdeu quatro mil hectares entre 2010 e 2015, em que dois mil hectares foram reconvertidos para urbanizações e outros dois mil hectares foram para agricultura”, explica ainda Mário Caetano, responsável da Direção-Geral do Território citado pela Lusa.
O relatório da Direção-Geral do Território revela ainda que o pinheiro bravo é a espécie predominante (30,1%), seguindo-se o eucalipto (25,4%) e o sobreiro (17,6%). O documento revela ainda que, no período em análise, 26% do solo português era utilizado para agricultura, 12% para matos, 8% para sistemas agroflorestais, 7% para pastagens, 5% para territórios artificializados (urbanizações) e 3% para outros usos.
Importa ainda referir que, segundo a Direção-Geral do Território, no que à agricultura diz respeito, dos 26% de solo nacional utilizado para esse fim em 2015, a maioria destinava-se a culturas temporárias de sequeiro e regadio (42,1%), culturas temporárias e/ou pastagens associadas a culturas permanentes (16,4%), olivais (16%), agricultura com espaços naturais e seminaturais (10,3%), vinhas (7,1%), pomares (3,6%), sistemas culturais e parcelares complexos (3,1%) e arrozais (1,4%).