Em Borba, onde o campo demonstrativo é constituído pelas castas Alfrocheiro e Alicante Bouschet, o oídio foi tema de uma apresentação da autoria de Nuno Chegadinho, coordenador da ATEVA na sub-região de Borba. O técnico lembrou que “o combate a este ‘inimigo silencioso’ deve ocorrer desde o início do ciclo da videira, atuando preventivamente”, e alertou que “em caso de infeções superiores a 10% a vinificação é bastante difícil”.
Os primeiros sintomas de oídio surgiram nas vinhas da região devido às condições climáticas propícias: chuvas que geraram humidade no solo, aumentaram o vigor das videiras, tornando-as mais suscetíveis a ataques de fungos. “Nestas condições é muito perigoso deixar a vinha desprotegida. Devem fazer-se tratamentos preventivos, para evitar o aparecimento de focos de infeção, e tratamentos curativos para evitar que o oídio se instale de forma severa nas vinhas”, afirma Ana Vieira Pinto, produtora de vinhos e técnica que acompanha 160 hectares de vinha da família Pinto, em Borba e Estremoz.