Um grupo de investigadores portugueses integrou um projeto internacional cuja finalidade é recuperar solos contaminados de forma sustentável através da aplicação controlada de plantas, microrganismos e fungos.
O trabalho científico intitulado de PhytoSUDOE é esta semana apresentado na Escola Superior de Biotecnologia (ESB) da Universidade Católica e inclui ainda entidades espanholas e francesas que pretendem melhorar a biodiversidade do solo através do uso e implementação de plantas associadas a microrganismos, designadas por fitotecnologias.
Paula Castro, coordenadora do projeto na ESB, explicou em declarações à Lusa que estas fitotecnologias permitem aumentar a biodiversidade de plantas do solo, ajudando a recuperar a sua funcionalidade. Já as bactérias e os fungos permitem estabelecer e promover o crescimento das plantas em locais que sofrem de diferentes tipos de degradação, desde a contaminação por metais provenientes de minas antigas até à contaminação industrial.
“Os solos suportam quase um quarto da biodiversidade do planeta, sendo o nosso recurso base para muita coisa, como a produção de alimentos e de biomassa, a disponibilização da água e a reciclagem de nutrientes. É essencial que os protejamos e que tentemos recuperar a sua funcionalidade”, explica ainda a investigadora nacional.
Para além da Universidade Católica, fazem também parte do projeto as instituições nacionais Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra e Universidade de Aveiro.