O Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) publicou recentemente os resultados de um estudo científico que caracteriza os perfis sensoriais típicos dos vinhos jovens, brancos e tintos certificados como vinhos ‘Regionais’ ou de ‘Indicação Geográfica Protegida’ em Portugal Continental. A investigação foi publicada nas revistas Journal of Sensory Studies (EUA) e Ciência e Técnica Vitivinícola (PT) e é um trabalho do Instituto Superior de Agronomia no âmbito da tese de Doutoramento de Aníbal José Coutinho.
De acordo com o autor do estudo, que é também jornalista especializado e enólogo, o que o estudo revela é que a região que apresenta o perfil sensorial típico mais diferenciado é o Minho, “isolando-se sensorialmente em relação a todas as outras regiões nacionais”.
“Esta diferenciação deve-se a avaliações extremas nos vinhos brancos, de cor muito clara, com presença gasosa, corpo leve e bastante ácido (refrescante). Também o vinho tinto minhoto se revelou único pela cor violácea muito carregada, pela presença gasosa, acidez elevada e forte sensação de adstringência secante na boca”, indica o estudo.
Segundo Aníbal José Coutinho, “trata-se de um trabalho científico internacionalmente inovador, com enorme aplicação prática para o conhecimento do gosto dos consumidores do vinho português e para a descrição sensorial mais uniformizada dos vinhos de cada uma das 12 regiões vinhateiras de Portugal Continental em feiras e apresentações em todo o mundo. Agora, quando um consumidor revela a sua preferência pelo Vinho Alentejano ou Duriense, podemos perceber qual o perfil sensorial relacionado com uma ou outra região, e ainda os perfis mais aproximados que podem ser recomendados”.
Para Frederico Falcão, Presidente do IVV, “este estudo contribui, decisivamente, para a promoção e divulgação dos vinhos portugueses, pelo que é com enorme honra que o Instituto da Vinha e do Vinha se associa ao ISA e ao coordenador do trabalho. Estes resultados constituem uma importante e fundamental ferramenta para a promoção da tipicidade dos nossos vinhos e regiões vinhateiras. Um conhecimento prévio e aprofundado desta informação pode influenciar, com sucesso, as estratégias de divulgação, promoção e exportação dos vinhos portugueses.”
Saiba mais sobre este estudo.