A indústria fitossanitária, as organizações agrárias, os produtores e os especialistas espanhóis reclamaram na passada semana, durante a Feira Internacional do Setor de Frutas e Hortícolas, a criação de uma agência de avaliação de produtos fitossanitários para melhorar a competitividade do setor agroalimentar e garantir a sua produtividade.
As organizações AEPLA, ASAJA, UPA, FEPEX e IBMA advogaram a criação de uma única entidade que avalie e registe os produtos fitossanitários no país e cujo objetivo seja a coordenação dos vários procedimentos necessários para a avaliação dos produtos.
Charlotte Leonhardt, representante da Agência Austríaca para a Segurança Sanitária e Alimentar, marcou presença no evento e referiu que “uma das principais vantagens de uma agência única é o enfoque integrado que oferece e que permite aplicar uma maior harmonia e previsibilidade para as partes interessadas, promovendo uma maior eficiência e a diminuição dos assuntos burocráticos, que é o mesmo que dizer que permite legislar melhor”.
O atual sistema espanhol, coordenado por várias autoridades competentes, caracteriza-se por uma maior “lentidão” e “problemas de coordenação” entre os serviços do Ministério da Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente e do Ministério da Saúde, Segurança Social e Igualdade, defendeu o setor.
“ Este sistema supõe que Espanha, um dos países com maior potencial agrícola da UE, seja em média o país mais lento da UE no registo de um produto fitossanitário, chegando em alguns casos até aos seis anos”, explicou Miguel Suárez Cervieri, Presidente da AEPLA.