A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) já revelaram as suas primeiras impressões do Orçamento do Estado (OE) para 2022.
O presidente da CAP, Eduardo Oliveira e Sousa, defendeu, em declarações à Lusa, que o Orçamento do Estado para 2022 é “vago e desolador”, apesar das propostas para as famílias, e não apresenta uma estratégia para a agricultura.
Para o responsável, o orçamento é vago e tem poucos apoios para as empresas, sendo que a confederação propõe a diminuição da despesa do Estado e da carga fiscal, alterando as taxas.

No que se refere especificamente à agricultura, Eduardo Oliveira e Sousa notou que o setor foi confrontado com apenas cinco palavras – “potencia, assegura, valoriza, apoia e desenvolve -, sem um único euro, medida, ideia concreta ou ideia a atingir”.
Por sua vez a CNA frisa que, “sem prejuízo de uma posterior avaliação”, o “Governo volta a insistir na tradição demagógica de utilizar o truque das verbas não executadas no ano anterior para fazer parecer que vai aumentar o investimento na Agricultura, o que não é verdade”.
A CNA sublinha que, nos últimos seis anos, não foram investidos na agricultura cerca de mil milhões de euros que estiveram sempre inscritos nos OE, devido à não execução de verbas – um valor equivalente ao orçamento de um ano. “Nos últimos dois anos a situação até se agravou, ficando por executar 500 milhões de euros, face ao previsto em OE”, denuncia.