As exportações de frutas, legumes e flores aumentaram 13,4% nos primeiros seis meses do ano, comparativamente a igual período do ano passado, “reforçando a trajetória de crescimento das vendas da produção nacional nos mercados externos”, de acordo com a comunicação da Portugal Fresh.
De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), analisados pela Portugal Fresh, as exportações fixaram-se nos 1,18 mil milhões de euros entre janeiro e junho deste ano. Segundo a nota de imprensa, a União Europeia (UE) absorveu 81% das vendas de frutas, legumes e flores produzidos em Portugal e os principais destinos foram Espanha, com 32%, França, Países Baixos, Alemanha e Reino Unido.
Cerca de 74% do valor das vendas concentra-se nestes cinco principais mercados, que recebem os produtos portugueses num espaço de 3 e 36 horas em transporte refrigerado, depois de saírem das centrais de embalamento das empresas exportadoras, explica a Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal.
Já em volume, registou-se uma subida de 4,2% em comparação com o primeiro semestre do ano passado, totalizando um valor de 763 milhões de quilos.
Para Gonçalo Santos Andrade, presidente da Portugal Fresh, “este desempenho positivo é resultado do trabalho árduo e da inovação contínua das empresas portuguesas, que têm investido em tecnologia, sustentabilidade e eficiência para elevar os padrões de qualidade dos seus produtos”.
E continua: “neste primeiro semestre, exportámos para 121 países e é preciso procurar cada vez mais clientes que estejam disponíveis para valorizar os nossos produtos”.
De acordo com a comunicação da Portugal Fresh, as expectativas para este ano são de crescimento nas exportações. No entanto, a Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal sublinha que o setor agrícola e alimentar continua a enfrentar desafios no que toca à disponibilidade de recursos hídricos.
“O setor tem investido continuamente na melhoria das suas infraestruturas e apostado em investigação e tecnologia de forma a gerir de forma criteriosa a água que tem disponível, mas chegámos a um ponto em que é urgente um plano estratégico nacional para a gestão dos recursos hídricos, que modernize os perímetros de rega. Defendemos a criação de uma via verde para a construção de charcas e reservatórios de água e a construção de barragens para múltiplos fins”, frisou Gonçalo Santos Andrade.
A Portugal Fresh avança ainda que tem curso um Projeto Conjunto de Internacionalização que, até 2025, inclui a realização de missões empresariais e ações de prospeção em quatro novos mercados, a participação em seis feiras internacionais, e várias iniciativas de promoção para acelerar a presença internacional do setor.
O projeto conta com o apoio do Portugal 2030 – Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, e prevê um investimento global de 1.561.663,52€ euros, financiado em 48,8% pelo FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.