Através da tecnologia de edição genética, investigadores da China aceleraram o processo de reprodução de batata, avança o canal de televisão da China CGTN. A pesquisa foi liderada por Huang Sanwen, investigador do Agricultural Genomics Institute at Shenzhen (AGIS) sob a Chinese Academy of Agricultural Sciences (CAAS), e publicada no jornal cientifico Cell.
Devido às dificuldades no cultivo de batata, como ciclos de reprodução lentos e pouco eficazes, a equipa do investigador iniciou em 2015 a tentativa de substituir a reprodução vegetativa com sementes híbridas através do design do genoma e aumentar a velocidade e eficiência de reprodução de batata.
“Primeiro tivemos de resolver o problema da auto-incompatibilidade, uma vez que a batata não produz sementes após a auto-polinização. Através da seleção de materiais e da edição de genes, conseguimos resolver o problema e produzimos sementes”, disse o investigador principal, Huang Sanwen.
“Entretanto, também descobrimos como melhorar a saúde e a produção das plantas. Através do design do genoma, eliminámos mutações nocivas, agregamos bons genes e finalmente cultivámos a variedade de batata chamada ‘Upotato NO. 1’. Após testes, mostrou um excelente desempenho”, explicou.
“O rendimento da batata híbrida de primeira geração foi de cerca de 3 toneladas por mu (cerca de 45 toneladas por hectare), o que equivale ao rendimento das melhores variedades de batata da região”, disse o primeiro autor da investigação Zhang Chunzhi ao China Media Group (CMG).
“Agora só precisamos de duas gramas de sementes de batata para um mu (cerca de 666.5 metros quadrados), em comparação com 200 quilogramas de sementes de batata antes, o que reduz consideravelmente os custos de plantação”, concluiu.
O próximo passo da investigação vai ser melhorar a pesquisa e desenvolvimento da tecnologia, para prepará-la para a industrialização de sementes.