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Animais de Produção

Mais biodiversidade significa menos patogénicos nas explorações pecuárias ao ar livre, diz estudo

Mais biodiversidade significa menos patogénicos nas explorações pecuárias ao ar livre, diz estudo iStock

Quanto maior for a biodiversidade nas explorações pecuárias ao ar livre, menor será a presença de patogénicos. É a conclusão de um estudo liderado por cientistas espanhóis.

A investigação explorou esta ligação aplicando tecnologias não invasivas em 15 explorações pecuárias ao ar livre (seis de bovinos, cinco de pequenos ruminantes e quatro de suínos) de cinco comunidades autónomas de Espanha.

 

Em cada exploração pecuária foram aplicados protocolos completos de análise de pontos de risco, que incluíram o uso de armadilhas fotográficas para quantificar a riqueza de espécies de aves e mamíferos, bem como para avaliar a percentagem de câmaras que detetam determinadas espécies de risco, como javalis.

Ao mesmo tempo, também foi aplicado o uso de esponjas nas superfícies dos bebedouros e comedouros para recolher ADN ambiental e analisá-lo em função de nove marcadores de patogénicos.

 

Os resultados mostraram que a diversidade de patogénicos detetados em pontos de risco variou entre as explorações, sendo maior nas que continham pequenos ruminantes e nos naquelas que albergam bovinos e suínos.

Ao nível da exploração pecuária, a diversidade de aves e mamíferos selvagens e o número de agentes patogénicos detetados em pontos de risco foram negativamente correlacionados. Os pontos de risco com maior probabilidade de detetar mais patogénicos apresentaram menor riqueza de aves e mamíferos, ou seja, quanto mais biodiversidade, menos patogénicos.

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“A pecuária ao ar livre contribui para a conservação da biodiversidade e para a melhoria do bem-estar animal, mas também corre riscos de biossegurança devido ao maior contacto do gado com a vida selvagem. Portanto, é necessário monitorizar e gerar informações sobre o equilíbrio entre a diversidade da vida selvagem presente em cada exploração, as visitas às mesmas pelas espécies selvagens de maior risco e a circulação de patogénicos”, explicam os cientistas.