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Biotecnologia

Kiwicoop apresenta resultados positivos no calibre e qualidade do kiwi através de formulações biológicas

A Kiwicoop apresentou resultados positivos no calibre e qualidade do kiwi com produtos à base de formulações biológicas detidos pela Syngenta Biologicals. Direitos Reservados

A Kiwicoop apresentou resultados positivos no calibre e qualidade do kiwi com produtos à base de formulações biológicas detidos pela Syngenta Biologicals.

Os testes foram realizados num pomar de kiwi com 40 anos de idade da variedade Hayward, tendo os resultados sido apresentados num dia de campo, realizado a 29 de outubro, no Troviscal, em Oliveira do Bairro.

 

De acordo com o comunicado de imprensa, o objetivo do ensaio passou por demonstrar o contributo das soluções Syngenta Biologicals para o calibre e a conservação dos frutos.

“Este ano é dos mais difíceis da kiwicultura a nível nacional desde 2001. As horas de frio foram muito baixas para as necessidades da cultura, o período de floração foi muito longo, cerca de três semanas, e houve falta de sincronismo entre as plantas polinizadoras e fêmeas”, começa por explicar Sandra Rodrigues, responsável do departamento técnico da Kiwicoop.

 

A responsável adianta ainda que “apesar de ser um ano difícil para ver resultados dos produtos, observamos que na parcela tratada com a gama Syngenta Biologicals, os frutos estão mais homogéneos em calibre e alongados, ou seja, a percentagem de frutos categoria I parece ser superior à modalidade ‘estratégia habitual do agricultor’. Isso quer dizer que a floração foi mais homogénea, mais curta, e ocorreu uma maior taxa de vingamento dos frutos”.

A nota de imprensa explica também que o programa de intervenções no pomar de kiwi iniciou-se quando 80% dos gomos das varas se encontravam na fase gomo algodão, com a aplicação de um fertilizante à base de algas Ascophyllum Nodosum e rico em potássio e micronutrientes, que visa estimular o abrolhamento uniforme de rebentos frutíferos.

 

Numa fase previa ao aumento de temperaturas, foi aplicado outro produto com objetivo de minorar a incidência de Esca, uma doença do lenho que afeta os pomares de kiwi, sobretudo os mais velhos.

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Segundo Sandra Rodrigues, este último produto “atua desbloqueando a circulação da seiva nos vasos condutores da planta e, seguramente, que terá influência no abrolhamento do pomar no próximo ano. Além disso, é um produto sistémico com influência positiva na redução de Phytophthora e de armillaria”.

 

Além disso, foi incluída também a aplicação de um biofungicida, de forma a prevenir ataques de Botrytis e de Pseudomonas viridiflava na cultura do kiwi.

“A parte do pomar não tratada tinha uma maior percentagem de pedúnculos sem fruto (afetados por botritis), que se traduziu em maior número de abortos florais, do que a parte tratada com o biofungicida”, explicou a responsável, adiantando que este produto “controlou o fungo e o número de frutos vingados foi aparentemente superior às linhas não tratadas”.

A responsável do departamento técnico da Kiwicoop, referiu ainda que com os fertilizantes ricos em potássio e cálcio, aplicados ao longo de todo o ciclo da cultura, “foi possível constatar nas análises pré-colheita a obtenção de frutos com teores de matéria seca mais elevados que se virá a traduzir num melhor potencial de conservação. A mais-valia destes produtos é que se consegue, à primeira vista, obter frutos de maior calibre e homogeneidade, parâmetros que vão ser estatisticamente avaliados aquando da calibragem dos frutos de ambas as modalidades”.

Os resultados do ensaio serão avaliados no momento da calibragem da fruta, contabilizando-se a percentagem de frutos por calibre, por categoria e os seus parâmetros qualitativos (brix, dureza e matéria seca). O peso médio do fruto, em função do qual o produtor é remunerado, também será avaliado.