O concurso público para construção do Bloco de Rega de Reguengos de Monsaraz, lançado pela EDIA – Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, representa um investimento de 32,85 milhões de euros e foi publicado no passado dia 30 de outubro em Diário da República.
De acordo com o comunicado de imprensa da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, o bloco de rega vai contar com uma área de 4.786 hectares e a empreitada, com um prazo de execução de 18 meses, vai decorrer nos concelhos de Reguengos de Monsaraz e de Évora.
A comunicação dá também conta de que as empresas que pretendam concorrer à obra terão de apresentar as propostas até ao próximo dia 19 de dezembro.
Para Marta Prates, Presidente da Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, “o setor agrícola é fundamental para a economia do concelho, devendo ser sempre defendido e valorizado, pelo que o anúncio do concurso público para a construção do bloco de rega demonstra que a luta que travámos durante três anos para que a obra avançasse atingiu o seu objetivo”.
E continua: “unimos os agricultores para a criação de um grupo de pressão e durante este período foram pedidas audiências aos vários ministros com a pasta da Agricultura, até que este governo assumiu o compromisso e teve a vontade política para lançar o concurso do único bloco de rega que não estava contemplado nas empreitadas do Circuito Hidráulico de Reguengos de Monsaraz e que não tinha o financiamento assegurado”.
No dia 27 de agosto, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, efetuou uma visita a Reguengos de Monsaraz, onde se encontrou com a presidente da Câmara e garantiu o avanço da obra, assim como garantiu que os agricultores da região teriam disponível, em 2026, rega para as suas culturas.
Segundo a comunicação, o concelho tem a sua base económica na agricultura, maioritariamente na vitivinicultura, com centenas de pequenos agricultores e 14 produtores de vinho na sub-região vitivinícola de Reguengos de Monsaraz, que produzem anualmente milhões de litros de vinho.