O Brasil deverá tornar-se no maior produtor mundial de soja já em 2026, ultrapassando os Estados Unidos da América, que até então tem sempre liderado como o maior produtor desta oleaginosa. De acordo com as estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a produção brasileira de soja deverá crescer cerca de 2,6% por ano, mais 1% do que a produção norte-americana e acima da média da produção mundial (1,9%).
Segundo as previsões, a confirmarem-se estas projeções, em 2016, o Brasil e os Estados Unidos da América serão responsáveis por 80% das exportações mundiais de soja.
Em entrevista à Sputnik Brasil, o diretor da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, explica que espera um crescimento um pouco menor do que o estimado pela OCDE e pela FAO. “Desde 1995, vimos um ciclo de crescimento das commodities que teve seu pico em 2011, quando se entrou num processo de queda. As commodities hoje estão num processo de inversão de queda de preços. Em função disso, as margens dos produtores têm também reduzido. Eles ganharam muito dinheiro nos últimos anos, porém nas duas últimas colheitas vimos essas margens serem espremidas. Baixando preços, a tendência é que a oferta também baixe”, explica.