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Ajudas aos agricultores

CNA diz que pagamentos aos agricultores em vésperas de eleições não são “inocentes”

agricultor num trator

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) voltou a emitir esta semana um comunicado onde pede ao Governo que faça chegar depressa as ajudas prometidas aos agricultores nacionais e onde diz considerar que os pagamentos realizados em vésperas de eleições não são “inocentes”.

“Muito pressionados pela luta dos agricultores, o Governo português e a União Europeia (UE) até parecem ter sido atacados por um súbito surto de ‘generosidade’ e repetem, vezes sem conta, a atribuição de “milhões” de euros aos agricultores…”, acusa a organização.

Para a CNA, o objetivo é “esfriar a luta dos agricultores e manipular a Opinião Pública de forma a levá-la a concluir erradamente: ‘Os agricultores recebem milhões e milhões em subsídios e ainda protestam’. É uma ‘técnica’ perversa também ela repetida anos a fio.”

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“O exemplo mais exemplar desta demagogia eleitoralista é o do anúncio de 200 milhões de euros como reforço aos pagamentos das medidas Agroambientais do PDR 2020 a pagar pelos Orçamentos do Estado durante os próximos cinco anos.(…) Noutro plano, também não será ‘inocente’, do ponto de vista eleitoral, o facto de, só nesta altura, o Governo estar a fazer alguns pagamentos -com vários meses de atraso -de certas ajudas como, por exemplo, o pagamento das comparticipações públicas para as Equipas de Sapadores Florestais e para a Sanidade Animal”, continua a organização.

A CNA defende ainda que as dificuldades da agricultura familiar são fruto das “más políticas agrícolas e de mercados aplicadas pelos sucessivos Governos e pela UE” e reafirma que “num contexto tão difícil é necessário que (…) as ajudas prometidas cheguem rapidamente aos agricultores.”