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Pecuária

Proibição de uso de restos de animais na alimentação animal vai ser levantada

A UE vai levantar proibição à alimentação animal feita de restos de animais, inicialmente introduzida face à doença das vacas loucas.

A União Europeia (UE) vai levantar a proibição à alimentação animal feita de restos de animais, que foi inicialmente introduzida face ao risco de casos de encefalopatia espongiforme bovina (BSE na sigla em inglês), vulgarmente conhecida como doença das vacas loucas, avança o The Guardian. A medida tem como propósito permitir que as proteínas de suíno baratas sejam alimentadas às galinhas por receios de que os agricultores europeus sejam subcotados por padrões mais baixos noutros países.

A alteração dos regulamentos entra em vigor em agosto, na sequência de uma última tentativa de uma coligação de eurodeputados, liderada pelos Verdes, que pretendia acabar com a política. O regulamento já foi aprovado pelos estados-membros da União Europeia, com exceção da França e da Irlanda que se abstiveram.

 

A Comissão Europeia informou os eurodeputados, numa nota vista pelo The Guardian, de que não havia qualquer risco para a saúde de permitir que: as proteínas provenientes de suínos e insetos fossem alimento para as aves de capoeira; a alimentação de porcos fosse feita com proteínas animais processadas (PAP) de galinha; ou que fosse utilizada a gelatina e colagénio de ovinos e bovinos na alimentação de outros animais de produção. A proibição da utilização de PAP na alimentação de vacas e ovinos e da “reciclagem intra-espécie” continuará em vigor.

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“As normas internacionais incluem apenas uma proibição de alimentos ruminantes para ruminantes”, escreveu a comissão. “A proibição de alimentar todos os animais de produção com proteínas animais não pode ser imposta às importações para a UE. A proposta contribui para combater uma discriminação para com os produtores da UE que devem respeitar a proibição total dos alimentos para animais, enquanto os de países terceiros apenas aplicam uma proibição de alimentos para animais ruminantes”, concluiu a entidade europeia.

 

Recorde-se que inicialmente, em 1994, a proibição cingia-se apenas à utilização de proteínas animais processadas (PAP) a partir de mamíferos na alimentação de bovinos e ovinos. Em 2001, para evitar contaminação cruzada, a proibição foi estendida a todos os animais de produção.