O cultivo de esponjas vegetais pode constituir uma alternativa de produção, na generalidade do país. O cultivo é simples mas exigente, refere Paulo Eurico Pereira. Este agricultor, estabelecido na Freguesia de Bico, no Concelho de Paredes de Coura, salienta que o custo de instalação é elevado.
Paulo Eurico Pereira iniciou-se na produção de esponjas no primeiro trimestre do ano passado. O ano de 2014 correu bem, no entender deste agricultor. “Conseguimos concluir a estrutura, plantar, colher, estamos em vias de comercializar antes de passar um ano! É bom”.
Com apenas um ano de atividade, qualquer balanço é sempre prematuro. Por isso, vai manter este ano a área de cultivo. Paulo Eurico Pereira assume desconhecer o que será a produção média por hectare dado que este foi um ano experimental.
Este agricultor adianta que a produção de esponjas vegetais possa ser praticada em quase todo o território português, mas com algumas premissas. “Em princípio em qualquer zona com menor altitude é possível cultivar”.
O projeto de plantação de esponjas vegetais, foi dinamizado pela autarquia de Paredes de Coura. Na altura da apresentação do projeto à comunicação social, no final do ano passado, Vitor Paulo Pereira, presidente desta Câmara Municipal, revelou que “o projeto nasceu de uma parceria com a empresa galega Esponjas Vegetales – Luffa, situada em Pontevedra, que iniciou a produção depois de mais de três anos de investigação na área da Biogenética”. O autarca acredita que este é um produto inovador, com muita potencialidade e capacidade de penetração no mercado, e adiantou que “A autarquia limitou-se a fazer investigação sobre o projeto espanhol e depois aproximou um grupo de empresários portugueses aos espanhóis de Caldas de Rey, o que levou à criação da empresa Esvesport”, que está agora dedicada à produção desta cultura no norte de Portugal. Na mesma ocasião este dirigente indicou que o investimento foi superior a 100 mil euros e que este ano deverá permitir a produção de mais de 15 mil unidades.