Sete adegas cooperativas da região dos Vinhos Verdes acabam de criar uma sociedade para gerir, promover e comercializar a sua produção. A Viniverde, Promoção e Comércio de Vinhos Verdes, SA, vai contar com o apoio do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente, num montante não revelado à imprensa.
“Queremos entrar em funcionamento já nesta campanha, o mais tardar em Outubro”, referiu António Azevedo, vice-presidente do Conselho Geral e de Supervisão da Viniverde, que reúne as adegas cooperativas de Ponte da Barca, Barcelos, Famalicão, Basto, Castelo de Paiva, Lousada e Penafiel.
António Azevedo referiu que a criação da Viniverde visa “criar economias de escala, reduzir custos, pagar atempadamente aos produtores e melhorar a competitividade, a imagem e a qualidade”.
A criação da sociedade não implica a fusão de adegas nem o desaparecimento de marcas e o capital social (50.050 euros) será repartido em partes iguais pelas sete cooperativas.
A região dos Vinhos Verdes tem 33 mil hectares de vinhas, pertencentes a 37 mil produtores, havendo ainda 20 adegas cooperativas – embora algumas já inactivas – 3.300 marcas e 650 outros agentes económicos ligados ao sector.
A dispersão de produtores e marcas levou 12 adegas cooperativas a criarem, em Junho de 1993, uma associação, Regiverde, já com o objectivo de aproveitar sinergias, mas a experiência não evoluiu para uma gestão comum.
António Azevedo admitiu que há demasiadas marcas de Vinho Verde, que “confundem o consumidor” e “dão muita despesa”, pelo que competirá aos gestores da Viniverde propor a eventual extinção ou fusão de algumas, decisão que competirá a cada cooperativa.