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Agroindústria

França proíbe venda de ovos de galinhas criadas em gaiolas

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O Governo francês anunciou na passada semana que irá proibir a venda de ovos provenientes de galinhas criadas em gaiolas já em 2022. França passará a permitir apenas a compra de ovos de animais criados ao ar livre.

De acordo com Stéphane Travert, ministro da Agricultura de França, “em 2022, os ovos frescos vendidos serão de galinhas criadas ao ar livre e não em gaiolas. Trata-se de um compromisso da nossa campanha eleitoral e vamos mantê-lo.”

Em 1999, foi aprovada uma normativa europeia que proibia a criação de galinhas em gaiolas não melhoradas. O regulamento, que entrou em vigor em 2012, define, por exemplo, que cada galinha deve dispor de pelo menos, 750 cm2 de superfície da gaiola, um ninho, uma cama que lhe permita debicar e esgravatar, um poleiro adequado com um espaço de, pelo menos, 15 cm, e uma manjedoura que possa ser utilizada sem restrições.

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São também muitas as organizações ambientais e de defesa animal que defendem que a criação de galinhas em gaiolas é prejudicial aos animais e, por consequência, aos humanos, uma vez que as galinhas estão, assim, mais expostas a doenças.

Também por isso, nos últimos anos têm sido várias as empresas da indústria agroalimentar a anunciar que deixarão de recorrer a ovos provenientes de galinhas criadas em gaiolas na produção dos seus produtos. É o caso da Nestlé, que anunciou que, até 2025, pretende usar apenas ovos de galinhas criadas ao ar livre.