A Comissão Europeia voltou a discutir esta segunda-feira (6 de junho) o alargamento da licença de utilização do glifosato pelos Estados-Membros da União Europeia, questão que tem estado em discussão há vários meses. A proposta foi rejeitada e, por isso, a licença de utilização do glifosato expira a 30 de junho.
Apesar da maioria dos Estados-Membros ter votado a favor da extensão do período de utilização do glifosato, não foi atingida a maioria necessária (65%), uma vez que Itália, Alemanha e França decidiram abster-se. Cabe agora à Comissão Europeia decidir se a licença será estendida ou não.
A polémica à volta do glifosato começou depois de um estudo ad EFSA – European Food Safety Authority ter identificado o agroquímico como “potencialmente cancerígeno” para os seres humanos.
Em Portugal, o fitofarmacêutico esteve na agenda mediática depois de ter sido emitida uma reportagem na RTP que revelava os resultados de uma investigação da Plataforma Transgénicos Fora, que realizou análises à urina de 26 portugueses e que encontrou a presença de glifosato em valores superiores aos verificados nos restantes países europeus. De acordo com a investigação, estes resultados podem ser fruto da elevada utilização do glifosato nas autarquias portuguesas para combater as ervas na via pública.