“A carne picada pode e deve ser consumida no momento em que ela é picada”, explicou Nuno Vieira e Brito, no final de uma reunião da Comissão de Segurança Alimentar que decorreu no Ministério da Agricultura para analisar o estudo da DECO sobre a venda de carne picada em 26 talhos.
O estudo revelado pela revista Proteste, de Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), analisou amostras de carne de vaca picada vendida em 26 talhos, detetando irregularidades em 23 dos estabelecimentos.
A lei prevê que a carne seja conservada a uma temperatura máxima de 2ºC, no entanto, alguma da carne analisada estava conservada a 9ºC. Além disso, a higiene e a conservação falharam em todos os 26 locais visitados.
A DECO explica que os sulfitos são autorizados em apenas alguns preparados de carne, como nas salsichas frescas, com um limite de 0,45 g/kg, mas são proibidos na carne picada. Quase todas as amostras continham estes aditivos, exceto as compradas na cadeia Pingo Doce e no Intermarché de Setúbal.
O secretário de Estado sublinhou, no entanto, que depois de uma análise da ASAE foi possível concluir que “não está colocada em causa o problema de proibição da utilização de carne picada” pelo consumidor.