A Peste Suína Africana (PSA), especialmente na Europa, tem vindo a agravar-se e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) deixou agora o alerta para a necessidade de reforçar medida de prevenção, de forma a evitar a introdução do vírus em Portugal.
“A situação epidemiológica da Peste Suína Africana (PSA) na Europa e no mundo tem sido agravada devido ao elevado número de focos de PSA em javalis, em especial na Itália, Polónia e Grécia. Acresce que, fora da União Europeia (UE), mas ainda na Europa, verificou-se que a PSA foi introduzida na Albânia e no Montenegro”, lê-se no comunicado da DGAV.
Atendendo à situação, a DGAV emitiu uma nota informativa que pretende “sensibilizar todos os intervenientes para que reforcem as medidas preventivas de forma a evitar a introdução do vírus da PSA em território nacional, bem como de relembrar que é obrigatória a notificação de qualquer suspeita ou ocorrência de PSA em suínos e javalis”, esclarece na comunicação.
Atualmente, e de acordo com a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, estão afetados 14 estados-membros da UE. Desde o dia 1 de janeiro até ao dia 13 de maio deste ano, foram reportados 3.078 focos de PSA em javalis e 110 focos de PSA em suínos na Europa.
Neste sentido, a DGAV alerta e solicita aos produtores, comerciantes, industriais, transportadores, caçadores, médicos veterinários e a quem lida com os efetivos de suínos e com as populações de javalis, para que sejam reforçadas as seguintes medidas preventivas:
- A correta aplicação das medidas de biossegurança nas explorações, nos centros de agrupamento e entrepostos;
- A apropriada aplicação das medidas de biossegurança nos transportes, nomeadamente no respeitante à limpeza e desinfeção dos veículos que transportam os animais;
- A adequada aplicação das boas práticas no ato da caça;
- A correta aplicação das medidas de biossegurança ao viajar para fora do país para caçar e com os troféus de caça oriundos de outros países;
- A proibição da alimentação de suínos com lavaduras e com restos de cozinha e mesa, ou matérias que os contenham ou deles derivem;
- Não deixar restos de comida acessíveis a javalis, colocando-os sempre em caixotes de lixo protegidos dos animais selvagens;
- O adequado encaminhamento e destruição dos subprodutos animais.
Já em caso de deteção de javalis mortos em espaços naturais, a DGAV solicita que seja reportada a ocorrência na aplicação ANIMAS – Notificação Imediata de Mortalidade de Animais Selvagens.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) desde 2005, 80 países e territórios notificaram a presença ou suspeita de PSA, com 32 casos em África, dois em território americanos, 22 na Ásia, 23 na Europa e 1 na Oceânia.