A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve desenvolveu, ao longo dos últimos anos, o projeto Fruit Med – “Caracterização e Melhoramento de Fruteiras Tradicionais”, anunciando agora as conclusões deste trabalho.

De acordo com o comunicado de imprensa, o projeto representou “um significativo investimento na área da preservação dos recursos genéticos e assentou maioritariamente num trabalho de caracterização de variedades tradicionais de fruteiras algarvias, tendo também uma componente de melhoramento da Pera Rocha”. A iniciativa é financiada pelo PDR 2020.

Neste sentido, dia 11 de outubro, a partir das 09h30, no Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT), decorre uma sessão de apresentação das principais conclusões deste trabalho, desenvolvido em sete coleções de fruteiras, que englobam a alfarrobeira (44 entradas), a amendoeira (112 entradas), a figueira (97 entradas), a nespereira (29 entradas), a macieira/pero de Monchique (32 entradas), a romãzeira (82 entradas) e a laranjeira (93 entradas).

Segundo a nota de imprensa, as coleções de fruteiras têm “um elevado interesse patrimonial e cultural, procurando preservar as variedades tradicionais que tendem a desaparecer, mas que são representativas da identidade da região algarvia e muito importantes para a obtenção de novas variedades”.

A comunicação refere-se ao projeto como “uma ‘arca de Noé’ da biodiversidade da agricultura algarvia”, referindo ainda que estas coleções de fruteiras são um dos acervos mais representativas a nível nacional e resultado do trabalho de prospeção, preservação e caracterização, desenvolvido principalmente na última década e meia, pelos técnicos da área da agricultura.