Já foram rearborizados 1039 hectares de um total de cerca de 2500 do Pinhal do Rei, em Leiria. A notícia foi avançada pelo presidente do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Nuno Banza, durante a Comissão da Agricultura e Mar, no parlamento, a requerimento do Bloco de Esquerda.
De acordo com Nuno Banza, já foi retirada a madeira ardida do pinhal, prevendo-se que, até 2022, esteja concluído o processo que inclui a intervenção e beneficiação em 38 quilómetros de rede viária florestal. O presidente do ICNF diz que “a madeira mais valiosa já foi cortada”, reiterando que, desse plano, estão “cumpridos 3600 hectares”.
“O ICNF tem vindo a cumprir com a identificação da madeira no terreno e com o plano de corte. Praticamente toda a madeira identificada como mais valiosa já foi retirada, sendo que a madeira com destino à indústria dos painéis e da energia, considerada de menor valor, será retirada seguindo as indicações da comissão científica, designadamente na orientação de que não deve ser colocada toda no mercado de venda”, explicou Nuno Banza.
O presidente do ICNF garantiu, ainda que, nos 10% de floresta que não ardeu durante os incêndios de 15 de outubro de 2017, já foram realizadas várias intervenções, nomeadamente o controlo de espécies invasoras e a limpeza de gestão de 200 hectares.
Recorde-se que os incêndios de 15 de outubro de 2017 destruíram cerca de 190 000 hectares de floresta, que correspondem a 45% da área ardida em todo o ano de 2017. Segundo o ICNF, em 2018 e 2019, foram executadas ações de rearborização em 1039 hectares. Além disso, estão programados investimentos, entre 2019 e 2022, num total de 4,4 milhões de euros.