Os produtores de Pera Rocha esperam atingir uma produção ao nível ou ligeiramente inferior à do ano passado, avançou a Associação Nacional de Produtores de Pera Rocha (ANP), que anunciou também ter-se já iniciado a campanha de apanha deste fruto.
De acordo com a comunicação da ANP, as condições climáticas adversas e questões fitossanitárias são as razões para as atuais perspetivas dos produtores de Pera Rocha em relação à campanha deste ano.
“Apesar dos esforços de todo o setor, as condições climáticas têm impactado negativamente a produção, gerando menor produtividade e condições propícias ao desenvolvimento de pragas que afetam a produção”, referiu Filipe Ribeiro, Presidente da ANP, salientando também que esta situação não compromete a qualidade do fruto.
Segundo a nota de imprensa, as campanhas anuais de apanha deste fruto impactam cerca de 2.500 famílias na região Oeste de Portugal, gerando anualmente receitas superiores a 85 milhões de euros.
Com uma área de 11.297 hectares dedicados ao cultivo de pereiras em Portugal, dos quais 84% estão concentrados na zona Oeste, “a campanha de apanha da Pera Rocha é vital para a região e envolve mais de 15.000 pessoas”, sublinha a comunicação.
De acordo com o comunicado, Portugal continua a destacar-se no top 5 dos maiores produtores de pera na Europa, “com a variedade Pera Rocha a manter-se como símbolo inconfundível da região Oeste”, sendo exportado para mais de 20 países, com destaque para o mercado europeu, Marrocos e Brasil.
Reconhecida pela Comissão Europeia (CE), em 2003, como Denominação de Origem Protegida (DOP), a Pera Rocha foi descoberta, em 1836, na quinta de António Pedro Rocha, em Sintra.