“A procura por produtos agrícolas deverá manter-se firme, mas vai aumentar a taxas menores do que na última década. Os cereais continuam a ser a base da alimentação das pessoas, mas, em muitas partes do mundo, as dietas são cada vez mais ricas em proteínas, gorduras e açúcar, à medida que os rendimentos e a urbanização aumentam”, refere o relatório.
O relatório Perspetivas Agrícolas 2014-2023 da OCDE-FAO indica que estas mudanças, combinadas com o crescimento da população mundial, exigirão um aumento substancial da produção na próxima década. Lideradas pela Ásia e pela América Latina, as regiões em desenvolvimento serão responsáveis por mais de 75% desta produção agrícola adicional durante os próximos dez anos.
O Secretário-Geral da OCDE, Angel Gurría, acredita que “os mercados agrícolas estão a recuperar condições mais estáveis após um período de preços invulgarmente altos. Isto tem sido possível devido a reações protecionistas mais contidas por parte dos governos. Mas não nos podemos considerar satisfeitos. Temos de fazer algo mais – no âmbito do comércio, da produtividade, e do combate à pobreza. Os governos devem garantir proteção social aos mais vulneráveis e desenvolver ferramentas para ajudar os agricultores a gerir os riscos e investir na produtividade agrícola. Alcançar ganhos de forma inclusiva e sustentável continua a ser um enorme desafio.”